13 de junho de 2012

Mais 364 dias de romance..

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Estava procurando um bom tema e buscando inspiração que servisse de tapete vermelho na estreia dessa tag. Inevitavelmente, pensei no dia dos namorados. Não sou fã, não vejo nada de especial, mas também não condeno quem curte. É até bonitinho sim, ver aquele monte de casais andando de mãos dadas como se fossem correntes arrebentadas sempre em dois. Parece que tudo é dourado com coraçõezinhos, os sapos viram príncipes. Abrem a porta do carro, ajeitam a cadeira, dão flores. Enfim. Vamos aproveitar esse clima de romance no ar e toda a inspiração desse dia em que os brutos também amam. Vamos falar sobre relacionamentos. “Você não é a pessoa mais indicada para falar disso, Lady Day. Está solteira!” Na verdade, sou a pessoa adequada. Pois estou sã! Nunca leu naqueles papéis do bombom

“Se você está se sentindo
estranhamente feliz
e sorridente, das duas, uma:
ou está apaixonado, ou ficou
louco. No fundo não faz
muita diferença.”?!

Quando nos apaixonamos ficamos estrábicos, cegos, surdos, bobos. Não está errado, não! É uma delícia. Mas convenhamos que seja um tanto quanto desesperador. Só me apaixonei uma vez e à primeira vista! O que é pior/melhor (não sei). Foi terrível! Perna bambeia igual vara verde, mãos absurdamente trêmulas, o sangue todo correndo pro rosto, borboletas no estômago, calafrio no corpo todo, uma vontade esquisita de sorrir sem motivo algum, ou com o melhor dos motivos. Coisas estranhas e involuntárias acontecem. E tudo por causa de um sorriso. Não conseguia nem olhar pro sujeito. Aliás, odiava ter de vê-lo. Fingia que não via mesmo. E por quê? Porque diferente de outras corajosas por aí, eu sou tímida, e controladora. Imagina se eu iria admitir pra mim mesma que tinha perdido o controle sobre mim! Nunca! Além do mais sou uma romântica incorrigível e à moda antiga. Preciso ser cativada. E muitas mulheres ainda são assim. E muitos homens ainda são cavalheiros.
Outras no meu lugar passariam o telefone, puxariam conversa, mas sei lá. Sei lá se quando uma pessoa passa por isso ela raciocina direito. Acho que na verdade todo mundo fica tolo, perde o compasso, a compostura, o rebolado, desce do salto. Química? Física? Filosofia? Olfato? Hormônios? Seja o que for. Tanto faz! Quem se importa com a origem? Não concordo com a expressão “Amor à primeira vista” (talvez eu tenha lido isso num papel de bombom também). Paixão à primeira vista, sim. Avassalador, euforia e aparentemente permanente.


(Natália Koti e Danilo Maturana)

Quando o pra sempre acaba... Parece que ninguém se iguala ou supera, que ninguém nunca mais vai fazer seu coração acelerar e parar numa fração de segundos novamente? Parece?! Parece. Só parece. Ruim saber disso? Sim. Muito. Mas felizmente a vida tem surpresas. É só ele(a) que você quer? Eu sei. Mas amanhã é outro dia, calma! Quando fere, cicatriza. Mas só com o tempo. E cá pra nós, “Triste é não chorar...”! Foça, músicas deprêshow, “filmes de mulherzinha”, fuçar constantemente nas páginas de relacionamento dele(a), são coisas e atitudes normais. Mas chega uma hora que tem que tirar o pó da roupa, jogar as fotos pro alto, bater os pés e seguir outra trilha. Cuidar de si. Um amigo sempre me diz “Cuide de seu jardim, não persiga as borboletas. Elas virão!” O mundo está cheio de mulheres e homens incríveis.
Procure algo que goste de fazer, distraia-se, reflita, vá ao cinema, ao teatro, sozinho, sim. Ou não! Viva. As coisas devem se encaixar, devem voltar, ou encontrar seus eixos. Encontre algo em que seja bom e aperfeiçoe-se. Crie e encontre possibilidades. Chore quando der vontade, fale sobre, fale sozinho, fale pelos cotovelos. Pense e sinta saudade, prova que valeu à pena. Mas não sofra. Porque o que te faz mal não merece estar vivo, não merece ser alimentado. Se não consegue esquecer, ou se ficou tudo muito mal resolvido, se ninguém é assim, extraordinário como ele(a), toma coragem cidadão! Só os corajosos merecem a felicidade.
Conheço gente que viveu e morreu de amores por alguém que não merecia, não deu certo, terminaram. Encontraram outros, deu certo. Conheço gente que viveu e morreu de amores e ressuscitaram juntos. Sim, juntos. Conheço gente que se apaixonou só uma vez pra todo o sempre. Aí sim, virou amor com o tempo, passaram por tempestades e o amor sobreviveu a todas sempre. Sortudos! Sim. “O amor precisa da sorte”. Conheço gente que nunca se apaixonou, mas é apaixonado pela ideia de se apaixonar. Conheço gente que já se apaixonou, mas nunca teve coragem de dizer. Conheço gente que ainda é apaixonado, mas “desencanado” (se é que tem como ser indiferente a isso). Conheço gente que não disse quando era tempo e até hoje se martiriza, mesmo com uma vida toda estruturada, porque morre de saudades do que era pra viver. E conheço gente que se apaixona todo dia.
Vocês não podiam ficar juntos. Mas talvez um dia possam. Talvez nunca possam. Mas então, o mundo está aí, cheio de amores imperfeitos, de desencontros. De pessoas que se amam, mas não podem ou não conseguem ficar juntas. De boas histórias mesmo mal acabadas. Talvez vocês sejam mais um desses casos bonitos de contar pros netos. De virar livro, filme. Desses sentimentos incompreendidos. Dessas etapas, desses ciclos do tempo. Dessas pegadinhas de algum deus. Desses erros acertados. De um dos eternos veraneios.
Minha paixão, não me arrancou pétalas. Deixou saudades sim. Muitas. Mas não tenho raiva. Acho que o maior erro do ser humano é tentar fazer de tudo o que foi bom algo ruim só porque acabou. Mas existem coisas que tem que ser e outras que tem que passar. Aprender algo com tudo de bom e/ou ruim que me acontece é algo em que eu trabalho todos os dias. A vida é a vida. Precisa-se ser um bom ator e malabarista para sobreviver às montanhas russas. Com certeza não valorizaríamos os bons momentos se não houvesse os ruins. 
Então eu não faço questão de esquecer. Cada detalhe me importa, me comporta, me conforta. E estando sozinha ou bem acompanhada, eu vivo. Um brinde à vida e à chance de sermos felizes. À possibilidade de encontrarmos o tal amor da vida numa fila de banco, num dia qualquer de transito caótico, nos lugares que frequentamos, no metrô, quando o pneu do carro furar ou em qualquer outra situação. Um brinde a quem já descobriu que sabe que aquele outro é mesmo tudo aquilo o que faltava. O hoje é só o hoje, “uma bobagem, uma irrelevância diante da eternidade do amor de quem se ama”.
Um brinde às paixões, ao amor e boa sorte a todos!

 Meus agradecimentos a Nando Reis pelas suas lindas canções que sempre me inspiram tanto, e ao príncipe que conheci um dia, pelo sentimento e pela história.  


9 comentários:

Conversa de Musa disse...

Belo post girl, amo a data mais por ser meu niver de namoro do q pelo dia dos namorados, faço no msm dia então é amor em dobro rsrs..
Quero parabenizar a linda Karol pelo seu blog e amei o novo design, tá luxoOo, já tive um layout lindo preparado por ela com tdo carinho e sua atenção me encanta, bjim karol e meninas =) e ahhh me visitem girls

Bob disse...

Papéis de Serenata de Amor: dando conselhos amorosos com sabor de chocolate desde muito tempo (:

Ótimas reflexões além do texto muito bem redigido.

Anônimo disse...

huuum... Muito obrigada pelos elogios! Aos dois! ;) É Karolzinha.. caminhando para o sucesso Minha Pequena! *-*

Aláina Vanzella disse...

Não gosto muito da data dia dos namorados, mas confesso é uma ótima desculpa para ficar agarradinha com o mô.
http://prefiroserrainha.blogspot.com.br/

Sebah disse...

Apenas mais uma demonstração do seu talento, espero pelos próximos, os lerei com extremo orgulho...Até.Parabéns!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Muito obrigada Sebah! Prometo não decepcionar! haha
é realmente uma excelente coincidência Aláina, Parabéns(atrasadíssimo)! rsrs

Raísa Colares disse...

Sério obg por essas palavras,que eram tudo que eu precisava ler,amei o texto,continue com inspirada '-'

Anônimo disse...

Que bom que te ajudou Raísa, fico muito feliz! Enquanto houver inspiração eu escreverei! Obrigada pela força!

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